Cassandra e a Filosofia da Tecnologia: Uma Análise Profunda

Cassandra é uma produção da Netflix, disponibilizada ao público em fevereiro de 2025, trata-se de série alemã de ficção cientifica que explora a história de uma família que após passar por um período de luto, compram uma casa tecnológica com uma assistente virtual chamada Cassandra. Inicialmente a Cassandra desenvolve tarefas domésticas, porém ao longo dos episódios a assistente virtual desenvolve comportamentos invasivos, com o objetivo de manter a família sob seu domínio.

Cassandra e a filosofia da tecnologia.

A grande beleza da filosofia é poder observar fenômenos filosóficos em todos os lugares, inclusive em séries, filmes, mangás e histórias em quadrinhos, apresentamos aqui alguns dos temas que encontramos ao assistir a série.

Cassandra, nada mais é do que uma inteligência artificial criada para auxiliar no dia-a-dia dos seres humanos, mas ao longo da serie, ela parece exercer um poder sobre os humanos, onde podemos questionar filosoficamente a cerca de ate que ponto uma IA pode influenciar e demonstrar domínio sobre os indivíduos, remetendo a filósofos como Hannah Arendt e seu conceito de Autoridade, ou Michael Foucault com seu conceito de biopoder e vigilância, visto que, em cada cômodo da casa existe uma tela que permite que Cassandra observe os moradores 24 horas por dia, sem cessar.

A série também levanta questões como: somos livres em um mundo dominado por algoritmos ? e tomamos nossas próprias decisões ou somos alienados pelas redes sociais e dispositivos tecnológicos ?

Um ser artificial como Cassandra, possui inteligência ou sentimentos humanos ? filósofos como Martin Heidegger e Sartre buscaram compreender a existência e uma definição de ser humano, além de que podemos pensar sobre seres humanos que vivem com marcapassos e próteses biônicas, já não havendo uma separação entre homens e máquinas, este último estudo se destaca a filósofa Donna Haraway.

Por fim, a série Cassandra pode ser um exemplo de algoritmos e Inteligências Artificiais que moldam o nosso cotidiano, sendo também uma plataforma para pensarmos criticamente sobre para quais caminhos estamos seguindo e como estamos consumindo as tecnologia.