Entre o Ser e o Parecer | Lady Gaga e a Filosofia

Cantora se apresenta no Brasil neste sábado, sua vida e sua performance pode ser discutida a partir da percepção filosófica

EVENTOSCULTURA POPMÚSICA

Eliel Moura

5/2/20251 min read

E não é que ela veio ? Lady Gaga desembarcou no Brasil para um show em Copacabana no dia 03 de Maio. Gaga não é só uma artista Pop - Ela é um convite a uma reflexão filosófica.

Desde seus figurinos ousados até suas letras diferenciadas, Gaga questiona os padrões e desafia o senso comum, talvez por isso ela cause tanta estranheza.

Lady Gaga encarnaria o espirito nietzschiano do "Torna-te quem tu és", frase associada a Nietzsche ao propor uma existência que se reinventa.

Gaga performa e utiliza alter egos, bebe da fonte das artes e da autenticidade, tudo ao mesmo tempo, nos fazendo pensar - a identidade é algo fixa ou uma construção continua ?

Na era da visibilidade e das redes onde performamos o tempo todo, onde nos escondemos o tempo todo e colocamos sobre nossos rostos, máscaras, Gaga nos lembra que até mesmo o exagero pode ser uma forma de verdade.

Se somos condenados a sermos livres, Lady Gaga escolheu o brilho, a voz e a presença.

Lady Gaga e Nietzsche celebram a vida em intensidade, dor e potencia de criação, Lady Gaga é o espirito dionisíaco que dança em meio ao caos, criando sentido ao redor da dor, ao mesmo tempo sua carreira é marcada por reinvenções, transformações e traumas, como um "Eterno retorno", ao invés de fugir ou ignorar a dor, ela canta, performa e coreografa.

Mesmo após anos, Gaga continua causando impacto na indústria cultural e provocando espanto, porque desafia normas estéticas, sociais e culturais de forma provocativa e consciente, ocasionando desconforto e reflexivo, algo parecido que Nietzsche fez em seu tempo, por fim, Gaga não busca ser um Ser imutável, mas uma transformação performática continua.