Pessoas Normais | Primeiro Episódio da 7ª Temporada de Black Mirror Faz Críticas a Streamings e Sistema de Saúde

A 7ª temporada estreou no dia dia 10 de abril e todos os episódios já estão disponíveis para maratonar.

NETFLIXFILMES E SÉRIES

Por Eliel Moura

4/11/20252 min read

A 7ª temporada da aclamada série "Black Mirror" estreou ontem na "Netflix" e nós do Távola Filosófica já conferimos para trazer a vocês a sua dose de sabedoria com uma pitada Geek.

No primeiro episódio acompanhamos Amanda, uma professora de ensino infantil que acaba sofrendo um acidente grave, afetando uma parte do seu cérebro. Mike, seu marido, acaba recorrendo a uma empresa startup de saúde, a "Rivermind" que oferece uma solução para o bem-estar de Amanda, através de uma manutenção cerebral por assinatura, garantindo que a mesma tivesse uma vida digna.

Acontece que após alguns meses depois da assinatura Amanda começa a reproduzir comerciais de produtos, assim como acontece em planos de streaming em que o básico vem com comercial e que para se livrar dos comerciais você precisa pagar mais.

Ao longo do episódio, Amanda percebe que não pode sair da cidade devido ao plano de cobertura que é baixo e caso ela queira sair da cidade ou do país, terá que pagar mais caro, nesse caso o Rivermind Plus, que logo se torna obsoleto e eis que surge o Rivermind Luxe, onde você poderá controlar também os seus sentimentos e o que você deseja aprender, como uma nova língua ou jogar tênis

Esse episódio é um belíssimo exemplo de como algumas empresas não se esforçam em apresentar um bom serviço, forçando o cliente a assinar um plano mais caro para atender as expectativas, e como também rapidamente esses serviços mudam o valor sem informar antecipadamente para o cliente, ocorrendo várias mudanças de preço durante o ano — uma crítica a própria Netflix, em que os consumidores se encontram insatisfeitos com o fim do plano básico sem anúncio, aumento do plano que antes era o básico e que agora é com anúncio.

Outro ponto interessante é sobre a mercantilização da saúde. Em dezembro de 2024, Luigi Mangione foi acusado de assassinar o CEO da UnitedHealth, uma provedora de serviços de saúde dos Estados Unidos. O acusado teria anteriormente necessitado da prestadora de saúde que teria negado serviços, Mangione acreditava que as corporações de saúde negam serviços visando os lucros.

Ao longo dos anos, no Brasil, diversas pessoas têm tratamento de câncer, ou medicamentos negados por planos de saúde devido ao preços dos fármacos. Nisso podemos questionar se essas empresas se preocupam de fato com a saúde do paciente ou estão preocupados com os lucros.